URUGUAIANA JN PREVISÃO

Marisele Velasques

Alunos na escola

O governo do Estado publicou, na segunda edição do Diário Oficial da sexta-feira (29/10), um novo decreto que restabelece o ensino presencial obrigatório na Educação Básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) nas redes públicas e privadas gaúchas a partir do dia 8 de novembro. A normativa assegura a permanência no regime híbrido ou virtual aos alunos que, por razões médicas comprovadas mediante a apresentação de atestado, não possam retornar integral ou parcialmente ao regime presencial. As escolas que adotarem o revezamento de estudantes em função da necessidade de observar o distanciamento também devem oferecer o ensino remoto. Segundo o governo a queda das taxas de contaminação e hospitalizações, o avanço da vacinação no RS, e diante dos impactos na aprendizagem decorrentes da pandemia, esse é o momento propício para a retomada da obrigatoriedade da presença física nas aulas.
Dias antes de o decreto sair já estava aberto o debate, com algumas pessoas a favor e outras contra. Com poucas informações, muitas famílias ficaram confusas, mas na realidade as aulas continuarão acontecendo da mesma forma, já que são as escolas ao observarem seu espaço físico e condições de obedecer os protocolos pré estabelecidos, que decidirão como essas atividades presenciais irão acontecer. O que muda é a condição dos alunos que não apresentam comorbidades e ainda não retornaram para a escola, talvez por insegurança das famílias ou por outros motivos.
Sabemos que a grande maioria dos jovens e das crianças estão convivendo normalmente em sociedade, alguns tomando os devidos cuidados como o uso de máscaras, mas a grande maioria não. Esse ponto deve ser refletido: se posso passear, brincar nas praças e ficar tardes inteiras nas ruas com os amigos, por que para a escola não posso voltar? As aulas remotas só comprovaram que é a presença do professor em sala de aula que realmente ensina, e que interagir com o outro trás mais significado ao aprendizado e ao desenvolvimento pessoal. Mas, sabemos que essa interação está acontecendo e muito com a gurizada só que nas ruas, e ainda assim tem pais que preferem não levar para a escola.
Com os baixos níveis de contaminações e internações, mesmo que chegando o fim do ano letivo, é hora de retornar. As instituições já estão organizadas e sabem como planejar o retorno de todos. Os profissionais de educação há muito tempo estão dentro das escolas, o que falta são aqueles alunos que ainda não apareceram mas convivem tranquilamente com outras pessoas em seus bairros.

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