Muito se fala na geração Nem Nem, mas poucos sabem o que realmente significa. O que em um primeiro momento pode parecer até engraçado, na verdade deveria ser uma preocupação governamental e social, aliás, dentro das famílias já deveria ter esse cuidado. Foi divulgado nesta segunda-feira (3/10/22) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) dados de uma pesquisa realizada em 38 países membros, o nosso país aparece na segunda colocação entre o número de jovens desocupados, perdendo apenas para a África do Sul, que registrou 46,2%.

Isso mesmo, o Brasil possuiu 35,9% de sua população de jovens entre 18 e 24 anos que não estudam e nem trabalham. Os números fazem parte do relatório Education at a Glance 2022. Quando soube dessa notícia decidi trazer como reflexão esses dados que não se referem apenas a números, mas pessoas e o futuro de uma nação. O que esses jovens fazem então? Com quem vivem? Por quem são sustentados? O que produzem? E o que farão no futuro?

Sabemos que o isolamento social imposto na pandemia trouxe muitos problemas econômicos e também educacionais, já que a evasão escolar aumentou significativamente. Agora os professores além de correr contra o tempo para tentar recuperar o que puder na aprendizagem dos alunos, também tem que fazer o possível para não perdê-los para a desistência de estudar. Ainda de acordo com o relatório, 5,1% dos jovens brasileiros que se encontram sem estudar e sem trabalhar estão há mais de um ano nessa condição.

É dentro de casa que temos a responsabilidade de ser exemplo e motivação para que nossos filhos não desistam de estudar, para construírem um futuro melhor em suas vidas e conquistarem empregos que os satisfaçam como profissionais e com boa remuneração. Ficar em baixo das asas dos pais sem metas ou sonhos deixando o tempo passar não pode ser uma opção. Esperar por benefícios do governo deve acontecer por emergência não por escolha. Precisamos entender que eles já deveriam estar trabalhando e produzindo, ajudando a construir um país melhor para as crianças e para os mais velhos que em anos irão se aposentar.

Será que estamos errando na criação? Nos valores? Nos exemplos? Dentro das escolas com a educação?