URUGUAIANA JN PREVISÃO

Caso Rafael

Começa o julgamento de Alexandra Dougokenski

Tribunal de Justiça/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

Começou nesta segunda-feira, 16/1, o julgamento da dona de casa Alexandra Salete Dougokenski, acusada de matar o filho, Rafael Winques, em maio de 2020, na cidade de Planalto, no norte do Estado. O julgamento está sendo realizado no Salão do Júri daquela comarca, presidido pela juíza de Direito Marilene Parizotto Campagna.

Alexandra responde pelos crimes de homicídio qualificado (motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa), ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual. Ela está presa.

O julgamento está sendo transmitido ao vivo pelo canal do Tribunal de Justiça no YouTube. A primeira pessoa a depor foi Ana Maristela Stamm, uma professora de Rafael, mas ela pediu para que sua imagem e voz não fosse reproduzida e, então, a magistrada determinou que seu depoimento não seria transmitido. O conteúdo deste depoimento também não foi divulgado.

O segundo a prestar depoimento foi o delegado Ercílio Carletti, titular da Delegacia de Polícia de Planalto e que coordenou as investigações desde o início. Foi ele quem ouviu a primeira confissão de Alexandra, em 25 de maio, dia no qual ela indiciou onde estava o corpo do filho.

O depoimento do policial teve início por volta de 11h, e se estendeu até às 16h. Ele respondeu a perguntas do Ministério Público e da defesa.

Entre as declarações, Ercílio confirmou que ouviu duas confissões de Alexandra, com duas versões diferentes. Na primeira, ela confessa o crime e diz que foi um acidente causado pela administração de medicações calmantes para o menino; na segunda, diz que teve a intenção de matar o filho e que o estrangulou após administrar as medicações, que o deixaram sonolento. Ele também afirmou ter convicção de Alexandra matou o filho.

Entre os questionamentos realizados pela defesa de Alexandra, o presidente da banca, advogado Jean Severo, perguntou: "se eu colocar o Rodrigo em Planalto na tarde daquele dia, muda alguma coisa?". Severo se refere a Rodrigo Winques, pai de Rafael. O Delegado respondeu que sim. O álibi de Rodrigo também foi questionado pelos advogados.

A tese de defesa de Alexandra é a de que Rodrigo foi quem matou o menino e passou a ameaçar Alexandra e o filho mais velho dela, razão pela qual a mulher chegou a confessar o crime inicialmente.

O júri

A expectativa é de que o julgamento se estenda por três a quatro dias. Devem ser ouvidas onze testemunhas em plenário, entre as arroladas pela acusação e pela defesa. Três delas não moram em Planalto e irão depor por videoconferência.

Também deve ocorrer uma acareação entre Rodrigo Winques, o pai de Rafael, e Alexandra Dougokenski. Ele figura no processo como assistente de acusação. A acareação tem a finalidade de apurar a verdade, por meio do confronto entre partes, testemunhas ou outros participantes de processo judicial, quando houver divergência nas suas declarações. Ambos poderão ficar calados se assim desejarem.

O terceiro depoimento do dia ocorreu por videoconferência e foi do delegado Eibert Moreira Neto, que passou a participar da investigação após o 12º dia desde o desaparecimento de Rafael, designado pela Chefia de Polícia para apoiar a equipe local, que à época era formada apelas pelo delegado titular e um inspetor. Neste momento o corpo de Rafael já havia sido encontrado e o fato já era tratado como homicídio.


Rosa Weber, do STF, nega pedido de nova prisão dos acusados Anterior

Rosa Weber, do STF, nega pedido de nova prisão dos acusados

Autorização de viagens de crianças e adolescentes - quem precisa e onde fazer Próximo

Autorização de viagens de crianças e adolescentes - quem precisa e onde fazer

Deixe seu comentário