Bicampeão
Colibri Matrero faz história no Freio de Ouro

Fagner Almeida imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
Em uma decisão em que os resultados mostraram o equilíbrio entre os animais estreantes e aqueles que já traziam história na modalidade, uma marca ainda inédita foi conquistada por Colibri Matrero, cavalo que se consagra como bicampeão do Freio de Ouro (o segundo da história da prova) apenas um ano após o seu primeiro título, feito que ainda não havia sido alcançado por aqueles que optaram pela defesa de título. A final ocorreu neste domingo, 3/10, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
De outro lado, uma das éguas mais jovens da disputa, Belle Mandala, superou a acirrada disputa entre as fêmeas e comprovou mais uma vez a força dos exemplares que se destacam no Bocal de Ouro, lá no início do ciclo.
A aposta de retornar à pista com o campeão de 2020 não poderia ser mais certeira para a uruguaia Cabanha La Pacífica. Exibindo novamente a sua conhecida potência na execução das provas, Colibri Matrero conquistou o bicampeonato do Freio de Ouro, o segundo da história da modalidade (o primeiro foi de JA Libertador, com vitórias em 2015 e 2018), mas com um diferencial inédito, já que foi conquistado em dois anos na sequência (2020 e 2021), sendo a primeira defesa de título a se concretizar. A honraria entra na coleção de títulos do tostado filho de Del Oeste Acierto e Colibri Matrera, que também conta com um Freio de Ouro FICCC e um prêmio de Freio de Bronze, ambos conquistados em 2018.
Na montaria do cavalo multipremiado, quem repetiu a volta olímpica foi o ginete que acompanhou o vencedor em toda a sua trajetória, o uruguaianense Gabriel Viola Marty. O que fica é o agradecimento ao "parceiro" de provas: "É um momento que eu só tenho uma palavra a dizer, que 'Obrigado' ao Matrero", registrou o ginete Freio de Ouro. O conjunto que se mantinha desde o início das etapas próximo do topo das parciais, assumiu a liderança a partir da etapa de Mangueira I, não saindo mais de lá e fechando a sua passagem na disputa com a média final de 21,841 - mais de um ponto e meio de vantagem em relação ao segundo colocado.
Fechando o ciclo 2021 com 20 634 de média final, Belle Mandala garantiu na sua primeira participação no Freio de Ouro um dos títulos mais cobiçados do universo crioulista. A colorada criada e exposta pela Fazenda Paraíso, de Balsa Nova/PR, assumiu a liderança após mostrar sua habilidade funcional no segundo dia de provas e, desde então, manteve a regularidade no desempenho - característica sempre buscada na competição. A disputa acirrada entre as primeiras posições na categoria Fêmeas foi decidida no detalhe: com 0.019 pontos de diferença após a etapa de Bayard/Sarmento, a grande vencedora ultrapassou RZ Madeja II da Carapuça na última prova da Final.
Na consagração da vitória imediatamente após a última corrida da prova de Campo II, Daniel Wairich Marim Teixeira, ginete que conduziu Belle Mandala durante esta Final, não conseguiu conter as lágrimas ao correr a volta olímpica ao lado de Lindor Colares Luiz, amigo que fez a corrida de vaca no seu lugar. Responsável pelas duas éguas do topo do ranking, Daniel correu Campo II com RZ Madeja II da Carapuça e, com ela, garantiu também o Freio de Prata. Falando à ABCCC, o que Daniel demonstrou foi gratidão. "Tenho que agradecer a todo mundo, ao que Deus me proporciona... Meus amigos, meu irmão", disse com a voz embargada, apertando a mão do amigo. Sobre o grande vencedor, Lindor Colares disse estar "emocionado pelo trabalho dele, por poder dividir essa pista com ele". E ainda: "É uma honra enorme estar do lado desse craque".
A Final 2021
Em cinco dias de disputa, 82 animais (39 fêmeas e 43 machos) pisaram na arena de provas do Cavalo Crioulo em Esteio, passando pelo olhar criterioso dos dois trios de jurados que atuaram na seleção dos vencedores. Ciro Manoel Canto de Freitas, Manoel Vanderlei Braz Gonçalves e Telmo Raimundi Ferreira foram os responsáveis pelas notas da categoria Fêmeas, enquanto Luís Rodolfo Machado, Telmo de Oliveira Peixoto e Thiago Schilling de Ávila ficaram com o julgamento da categoria Machos. Já a supervisão técnico do evento foi de Luciano Corrêa Passos.
Confira o Resultado.
Machos
Freio de Ouro
Colibri Matrero
Criador: La Pacífica
Expositor: Cabanha La Pacifica
Estabelecimento: Cabanha La Pacifica, Uruguai
Ginete: Gabriel Viola Marty
Média: 21,841
Freio de Prata
Santa Alice Posteiro
Criador: Marcelo Bomfiglio Marçal
Expositor: Estância Santa Alice e Cabanha Del Casillero
Estabelecimento: Estância Santa Alice e Cabanha Del Casillero, Rosário do Sul
Ginete: Fernando Andrighetti
Média: 20,121
Freio de Bronze
Monarca da Dom Manoel
Criador: Sérgio Roberto da Silva Nunes
Expositor: Sérgio Roberto da Silva Nunes e Evaldo Francisco da Rosa
Estabelecimento: Cabanha Dom Manoel E Estância Liberdade, Gravataí
Ginete: Jardel Finkenauer Pereira
Média: 20,095
Freio de Alpaca
Honrado da Parnassa - TE
Criador e expositor: Luís Fernando Martinez Pereira
Estabelecimento: Fazenda Raízes, Rosário Do Sul
Ginete: Luís Gustavo Rodrigues Ruas
Média: 19,714
Fêmeas
Freio de Ouro
Belle Mandala
Criador e expositor: Elizabeth Lemanski
Estabelecimento: Fazenda Paraíso, Balsa Nova (PR)
Ginete: Daniel Teixeira
Média: 20,634
Freio de Prata
RZ Madeja II Da Carapuça
Criador: Rubens Elias Zogbi
Expositor: Marcelo Farias Da Silva
Estabelecimento: Cabanha Treze Tílias, Sertão Santana
Ginete: Daniel Teixeira
Média: 20,559
Freio de Bronze
La Castellana Kaila
Criador e expositor: Marcelo Amaral Moraes
Estabelecimento: Cabanha La Castellana, Santiago
Ginete: Fabio Teixeira Da Silveira
Média:20,064
Freio de Alpaca
Ibérica da Vendramin
Criador: Aldo Vendramin
Expositor: Estância Vendramin e Estância Serrana
Estabelecimento: Estância Vendramin e Estância Serrana, Palmeira e Campo Alegre (PR/SC)
Ginete: Fabricio Brunelli Barbosa
Média: 19,904
Deixe seu comentário