URUGUAIANA JN PREVISÃO

Rubens Montardo Jr

Primeiro-Ministro

No sexto mês de governo, o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, eleito para o terceiro mandato, começa a sentir dificuldades na aprovação de projetos no Congresso Nacional. Lula foi eleito por uma margem pequena de votos, mas os deputados e senadores que foram vitoriosos nas urnas, em sua maioria são oposicionistas. Embora seja de praxe a adesão ao governo de plantão, a entrada no Executivo, além de ministérios e cargos, precisa ser pavimentada com a liberação de polpudas verbas para as denominadas emendas parlamentares, a serem liberadas para os currais eleitorais. Pasmem, mas partidos, como o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro e do conhecido deputado Valdemar Costa Neto; e o União Brasil, que surgiu da fusão entre o Democratas e o PSL – Partido Social Liberal e tem em seus quadros o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro, hoje senador, tem dado alguns votos aos projetos do governo. Hoje, temos no deputado federal alagoano, Arthur Lira, presidente da Câmara, um importante avalista do governo e, em suas mãos, tem o controle de boa parte dos 513 deputados federais. Lira, desde o período Bolsonaro é uma espécie de Primeiro-Ministro, com poder para articulação, aprovação e apoios fundamentais na casa legislativa. Quase certo que Lula deverá promover uma minireforma ministerial para atender as demandas dos deputados e senadores e se livrar de três ocupantes de pastas que têm dado dor de cabeça ao Presidente. Também, Lula deverá rever sua articulação palaciana, pois pesa contra o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, a fama de tratar mal os parlamentares, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é visto pelas bancadas como uma espécie de bobo da corte.
Crescimento
Alguns economistas apontam que poderemos ter uma surpresa em 2023, com um crescimento do PIB acima das previsões iniciais. Tomara que se confirmem!
Argentina
Neste ano, teremos eleições para Presidente da República Argentina. Vivendo uma grave crise econômica, ainda não despontou nenhum favorito. O primeiro turno presidencial acontecerá em 22 de outubro e, caso haja segundo turno, será realizado no dia 19 de novembro. No último dia 21 de abril, o atual presidente argentino, Alberto Fernández, desistiu oficialmente da reeleição.
Argentina II
O desgaste do peronismo - envolvendo todas suas facções internas, entre elas o kirchnerismo - e da oposição tradicional liderada pela aliança Juntos pela Mudança, somada a uma aceleração da crise econômica, está dando forte impulso à candidatura de Javier Milei, de extrema direita, admirador de Jair Bolsonaro e Donald Trump. A Argentina tem uma das taxas de inflação mais altas do mundo, na região superada apenas pela Venezuela - que deve passar de 500% em 2023. Em 2022, o país teve 94,8% de inflação, e nos últimos 12 meses a taxa já superou 100%. O país registra altas taxas de inflação desde a década de 40, e os piores anos desde a redemocratização do país, em 1983, foram os de 1989 (3.079%) e 1990 (2.314%). O economista e deputado Javier Milei, fundador do partido Avança Liberdade, está em campanha presidencial desde o final de 2021, quando foi o grande fenômeno eleitoral das eleições legislativas daquele ano. Sua candidatura é a única certa atualmente e vem crescendo nas pesquisas. Alinhado com as ideias de Trump e Bolsonaro, o candidato da extrema direita argentina está, segundo pesquisas, liderando a corrida pela Casa Rosada.

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