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Ricardo Peró Job

Luzes & Sombras

Lava Jato internacional

Enquanto no Brasil corruptos e corruptores festejam a fim da Lava Jato e a perseguição daqueles que tiveram a coragem de enfrentar a maior quadrilha de saqueadores dos cofres públicos de que se tem notícia no mundo atual, as investigações da roubalheira promovida pelos governos petistas seguem à pleno nos EUA e no Panamá. Esta semana, a justiça panamenha denunciou que a Odebrecht sustentava quatro amantes do ex-presidente Ricardo Martinelli. Segundo o apurado, André Rabello, ex-diretor da empreiteira, pagava as contas e cartões de crédito das amantes do ex-presidente com dinheiro desviado das obras do metrô da Cidade do Panamá (US$1 bilhão) e da via Madden-Colón (US$152,8 milhões), tudo financiado com dinheiro do BNDES. O ex-presidente "Lula" criou durante seu governo um programa no qual o Banco Nacional de Desenvolvimento brasileiro financiava obras para serem executadas pela Odebrecht e outras empreiteiras "amigas" no exterior, sem licitação. A ex-presidente Dilma Rousseff deu seguimento à bandalheira.

Os reis do pedaço

Segundo levantamento realizado recentemente, nossa "Suprema Corte" - e bota SUPREMA nisso - custa mais anualmente para os cofres públicos do que a monarquia britânica. Outra diferença gritante entre as duas cortes é que a britânica, além de ter apoio popular, não interfere nas atribuições dos demais poderes - somente se chamada a fazê-lo - e nem demonstra suas preferências políticas, mantendo-se neutra. Já por aqui, o STF tem pintado e bordado nesta reta final das eleições, suspendendo direitos constitucionais de candidatos e censurando campanhas, desequilibrando a balança eleitoral. O Supremo, apesar de seus membros serem legitimados pelo voto popular, acha-se no direito de ditar ordens para os demais poderes, atropelando a Constituição. É como se vivêssemos em uma monarquia absolutista com onze monarcas. Assistimos atualmente, com o "ensurdecedor silêncio" da grande mídia e do Congresso nacional, a Polícia invadindo estúdios de TV, a censura de notícias em jornais e blogs, jornalistas proibidos de denunciar falcatruas de políticos e outros atos de exceção. Tudo, supostamente "para defender a democracia". Diferentemente da grande imprensa nacional, que continua calada diante dos desmandos do STF, o jornal New York Times publicou esta semana uma reportagem de página inteira sobre os desmandos autoritários e o ativismo judicial do STF, dando destaque para as decisões tirânicas e inconstitucionais do ministro Alexandre de Moraes.

Os reis do pedaço II

Ao mesmo tempo em que reinstalou a censura no país perseguindo políticos, jornalistas e cidadãos comuns, o Supremo Tribunal Federal segue sua saga de absolver e anular ações contra os saqueadores dos cofres públicos. Esta semana o ministro Ricardo Lewandowski, determinou a suspensão de ações penais e de procedimentos investigatórios contra o deputado federal Pedro Paulo Teixeira, hoje no PSD, do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o ex-ministro Paulo Bernardo, do PT. O expediente usado para livrar a cara dos acusados foi baseado naquele que anulou os julgamentos de Luiz Inácio da Silva, o "Lula". "Salta à vista que, quando o Supremo Tribunal Federal declarou a incompetência do ex-juiz Sergio Moro para o julgamento de Luiz Inácio Lula da Silva, reconheceu também, implicitamente, a incompetência dos integrantes da força-tarefa "lava jato" responsáveis pelas investigações e, ao final, pela apresentação da denúncia", declarou nos autos Lewandowski.

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