URUGUAIANA JN PREVISÃO

Marisele Pereira Velasques

Insuportável

O ano de 2022 começou quente como de costume em nossa cidade, aliás, indiscutivelmente Uruguaiana é com certeza uma das cidades mais quentes do nosso país. Por incrível que pareça quem vive nessa terra já é acostumado com calores absurdos chegando a 40° ou frio intenso com temperaturas negativas. Como todo gaúcho fronteiriço, seguimos nossa rotina trabalhando independente do que a natureza nem tão hospitaleira sempre nos ofereceu. Porém, estamos assistindo nossa cidade pegar fogo literalmente.
Sempre acompanhamos enchentes que deixam muitas pessoas desabrigadas, tanto no inverno como com aquelas tempestades terríveis de verão que destruíram ruas, arrancou árvores e alagou muitas residências. Mas os arredores da cidade pegando fogo com a estiagem que tem nos castigado não lembro. O ar está insuportavelmente seco, nossas ruas cobertas de poeiras, e no interior do município acompanhamos pelas redes sociais muitas imagens de campos, muitas vezes perto de residências, pegando fogo. Confesso que nunca tinha acompanhado situações como essas em nossa cidade, exceto o lixão que todo verão queima. Muito triste. Tem dias que fica até difícil respirar.
Já existe previsão da chegada de chuva, porém em pouca quantidade, mas com certeza a esperança de amenizar tanta secura. Enquanto ela não vem vamos economizar água, nosso rio está muito baixo. Use ela com responsabilidade, principalmente se hidratando e cuidando das crianças, idosos e animais. Evite se puder sair em horários que o sol está muito quente, abra bem sua casa, aproveite a luminosidade e a ventilação natural o máximo que puder. Porque sabemos que a conta de luz virá bem salgada após esses dias escaldantes. Aliás, cuidado com a sobrecarga de energia em casa, esse também é um dos maiores causadores de incêndios em residências.
Enquanto a chuva não vem e o verão uruguaianense reina, o que nos resta é adaptação, cada um da sua forma cuidando de si e dos outros, tendo a esperança de que até os dias maus passam. Vamos usar eles para pensar qual é a nossa responsabilidade como cidadãos de tanto desequilíbrio na natureza. Uma parte do Brasil em baixo da água e outra parte clamando por chuva.
Vamos refletir?

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