Espaços de aprendizagens precisam fazer barulho e estarem em constante movimento. O silêncio nem sempre irá representar a concentração como normalmente se acredita, ele será solicitado em momentos específicos que só os educadores sabem quais são. A fala do professor, as inquietações dos alunos externadas por perguntas, passos acelerados nos corredores. O sinal da troca de períodos, recreios, atividades recreativas no pátio, e tantas outras comprovam o quanto é impossível que tudo fique quieto.
São tantas atividades diferenciadas acontecendo ao mesmo tempo, diversos profissionais envolvidos cada um no seu setor. Alunos de idades variadas transitando pelos espaços da escola, vivenciando experiências, convivências e novas aprendizagens. Vários mundos e momentos ao mesmo tempo. E dessa forma a aprendizagem vai acontecendo com mais significado.
Quando a aula acaba e o retorno para casa é inevitável, aos poucos tudo vai silenciando. Quem fica organizando é o pessoal da limpeza, preparando a escola para um novo dia. Falas e risos vão ficando para trás, e muitas vezes o que os profissionais das instituições de ensino mais desejam é silenciar quando finalmente chegam a suas residências. Por isso, não estranhe se em algum momento seu filho ficar quietinho ou até mesmo dormir quando chegar em casa, ou quem sabe bem irritado, já que muito barulho deixa qualquer pessoa com essas reações.  
A criatividade precisa ser expressada, ela se movimenta por ser inquieta e tem pressa. Turma calada, pátios vazios, pracinhas sem crianças, ninguém no refeitório, somente nas férias ou no momento triste que vivemos de isolamento social. Graças a Deus que tudo passou e voltamos a fazer barulho. Educação é movimento e variados tipos de sons.