URUGUAIANA JN PREVISÃO

João Eichbaum

Negocia-se um ministro para o STF

A colunista Vera Rosa, do jornal Estado de São Paulo, denuncia para o país inteiro uma negociata em andamento, para que o advogado de Lula, Cristiano Zanin, vista a toga de ministro do Supremo Tribunal Federal.
O principal negociador não poderia ser outro que não fosse o senador David Alcolumbre, a reboque de seus interesses pessoais. Para quem não sabe, ou não se lembra dessa figura, Davi Alcolumbre, é senador eleito pelo Estado de Macapá, que fica lá no norte do país, fazendo fronteira com o Suriname e a Guiana Francesa. Macapá tem uma população menor que a de Porto Alegre, mas fornece atores, como esse Alcolumbre, para a política de um país com mais de duzentos milhões de habitantes.
Pois com essa credencial, que representa um grão de areia, num imenso país, o Alcolumbre já foi presidente do Senado. Pelo jeito, chegou lá porque deve ter uma língua de ouro, dessas que seduzem, hipnotizam e dobram o interlocutor em qualquer negócio.
Membro do União Brasil, um partido que joga em qualquer posição que lhe dê proveito, Davi Alcolumbre é o Presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal. Ele não tem formação jurídica, mas ocupa esse cargo certamente graças aos dons que lhe foram subvencionados pela natureza, na arte de “negociar”, e não pelo currículo universitário.
Como se sabe, a primeira prova imposta a quem pretende se ornar com a toga de ministro do Supremo Tribunal Federal, é passar pela tal Comissão de Constituição e Justiça, agora presidida pelo Alcolumbre. Então, o político macapaense, usando como moeda de troca o seu prestígio perante os membros daquela Comissão, agora se vale do cargo, para fazer negócios com o Lula. Ele promete emplacar o advogado do presidente como ministro do STF, mas quer tirar algum proveito desse apadrinhamento.
Alcolumbre está de olho na vaga de presidente do Senado, mas para isso, Rodrigo Pacheco, o atual presidente, muito conhecido por engavetar pedidos de impeachment de ministros do STF, tem que largar aquela baita boca. Então o Alcolumbre quer o Dnit, a CEF, a Secretaria de Patrimônio da União, para si, e a toga de ministro do Supremo Tribunal Federal para Rodrigo Pacheco. Esse é o preço que ele pede, para dar como favas contadas a posse de Cristiano Zanin no STF. Lula quer uma mulher, mas Alcolumbre quer Pacheco na futura vaga da Rosa Weber. E aí o Alcolumbre vai botar seu instinto de dar qualquer coisa, para ter qualquer
outra coisa em troca.
Como é que entra o povo nessas negociatas? Todo mundo sabe que não existe democracia sem povo, e a Constituição Federal desse país chamado Brasil, diz que aqui
temos democracia.
Ora, o papel do povo nessas negociatas é o mais importante: o de pagador. Sem o povo, que garante o dinheiro da Nação, não existiriam essas instituições chamadas Fazenda Federal, Caixa Federal, etc, e outros meios que patrocinam negociatas e apadrinhamentos, dos quais brotam ministros para o Supremo Tribunal Federal.

O poder dos estagiários Anterior

O poder dos estagiários

A Balança do Judiciário Brasileiro Próximo

A Balança do Judiciário Brasileiro

Deixe seu comentário