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Antiviral

Medicamento contra covid-19 apresenta resultados positivos em fase de testes

Camila Herme imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Desenvolvimento de opções de tratamentos contra a covid-19 continua sendo crucial.

Mesmo após a doença ter saído das capas dos jornais, o desenvolvimento de novas opções de tratamento contra covid-19 continua sendo crucial, principalmente contra as novas variantes. Uma única injeção, de um novo tratamento antiviral, em fase de testes, conseguiu reduzir pela metade o risco de internação. Afirmou Jeffrey Glenn, professor de imunologia da Universidade de Stanford e coautor do estudo, publicado na revista científica The New England Journal of Medicine (NEJM).

O tratamento usa interferons, proteínas-chave na resposta imunológica liberadas na presença de um vírus e que aderem aos receptores de determinadas células, desencadeando "um mecanismo de defesa antiviral inato" (diferente dos anticorpos). Existem várias classes de interferons, entre eles os chamados lambdas. A particularidade deles é que eles aderem principalmente às células dos pulmões, precisamente onde a covid faz estragos.

O tratamento consiste em uma injeção de uma versão sintética dos interferons lambda nos sete dias após o surgimento dos primeiros sintomas de covid, o que foi testado em um ensaio clínico com mais de 1,9 mil adultos que tinham a doença, entre junho de 2021 e fevereiro de 2022, no Brasil e Canadá, com 85% dos pacientes já vacinados.

Entre as 931 pessoas que receberam o tratamento, 25 foram hospitalizadas, contra 57 dos 1.018 pacientes que receberam um placebo, o que representa uma diferença de 51%, segundo o estudo. Os resultados são ainda melhores quando se isolam os pacientes não vacinados.

O tratamento, de injeção única, oferece uma vantagem prática em relação ao antiviral Paxlovid, da Pfizer, que requer dezenas de comprimidos a serem tomados ao longo de cinco dias, argumentou o cientista.

Certos tratamentos, como os anticorpos monoclonais, assim como vacinas, aos poucos perderam sua eficácia frente às novas variantes. Mas, graças ao fato de os interferons interagirem com as células, o tratamento não será afetado pela evolução do vírus.

Segundo a Eiger Biopharmaceuticals, que havia divulgado previamente esses resultados à imprensa, a agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA) não respondeu a um pedido de autorização de emergência. Mas Glenn está otimista "tenho esperança de que este estudo ajude a motivar os reguladores, aqui e em todo o mundo, a encontrar uma forma de levar o tratamento aos pacientes o quanto antes."

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