A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7% no trimestre encerrado em março, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Apesar de uma leve queda de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, o índice é o menor já registrado para o período entre janeiro e março desde o início da série histórica. No mesmo trimestre de 2024, o desemprego nacional era de 7,9%. 

Uruguaiana, no entanto, segue em trajetória oposta. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) o município registrou um aumento de 7,31% no número de desligamentos em março deste ano. Foram 984 demissões, contra 917 no mesmo mês de 2024. O número de admissões caiu 14,55%, indicando uma redução na oferta de novos postos de trabalho.  

Neste ano, os dados do município apontam que o comércio liderou o número de demissões, com 355 desligamentos. Em seguida, aparecem os serviços gerais, com 295, e a pecuária, que registrou 231 demissões. A construção civil teve 57 desligamentos, enquanto a indústria fechou 46 postos de trabalho. 

Quando o recorte é por gênero, os dados mostram que o desemprego avançou tanto entre homens quanto entre mulheres em Uruguaiana. O número de desligamentos masculinos aumentou 7%, passando de 599 em março de 2024 para 641 em 2025. Entre as mulheres, o crescimento foi ainda mais acentuado, havendo um aumento de 7,86%, com 343 desempregadas neste ano, frente às 318 registradas no mesmo período do ano anterior. 

Grau de instrução 

De acordo com dados do Novo Caged, os desligamentos por grau de instrução (nível escolar) mostram que o ensino médio completo concentra o maior número de demissões, com 603 registros. Em seguida, aparecem trabalhadores com ensino fundamental incompleto, registrando 116 casos. Ensino médio incompleto, confirmam 96 e ensino fundamental completo 78 demissões.  

Entre os que possuem ensino superior, foram registradas 57 demissões entre os com curso completo e 32 entre os com ensino superior incompleto. Por fim, dois casos foram registrados entre pessoas analfabetas. 

Faixa etária 

Em relação à faixa etária, o desemprego se concentrou principalmente entre pessoas de 30 a 39 anos, com 265 demissões registradas. A seguir, estão os trabalhadores de 18 a 24 anos, com 251 desligamentos, e de 25 a 29 anos, com 195.  

Na faixa de 40 a 49 anos, foram contabilizados 157 casos, enquanto entre 50 e 59 anos houve 98 demissões. Por fim, entre pessoas com 65 anos ou mais, foram registrados apenas dez desligamentos.