Morreu, na noite desta quarta-feira, 10/5, o músico nativista Luiz Carlos Borges, aos 70 anos. O músico estava hospitalizado desde o final do mês de março, em Porto Alegre, em razão de problemas de aneurisma de aorta.

A morte dele foi confirmada por familiares e, pouco depois, a Secretaria Estadual de Cultura (Sedac) emitiu comunicado, lamentando a partida do músico e enaltecendo sua obra.

E de fato Luiz Carlos Borges foi um dos maiores artistas nativistas e deixou sua marca na cultura gaúcha. Como disse a Sedac, sua partida é uma perda imensurável. “Um dos nomes mais respeitados no tradicionalismo, Borges dedicou quase 60 anos de sua vida à música, estando sempre acompanhado por seu acordeão”, destacou a Secretaria. “Algumas vezes foi tropeiro e outras foi tropa. Agora, noutras andanças, seguirá vivo em seu legado que já se faz eterno”, finaliza a nota.

Natural de Santo Ângelo, Borges subiu ao palco pela primeira vez aos nove anos de idade e nunca mais parou de se apresentar e encantar e alegrar seu público. Teve passagens memoráveis por Uruguaiana, incluindo a apresentação na 9ª edição da Califórnia da Canção Nativa, em 1979, quando levou para casa a Calhandra de Ouro com “Tropa de Osso”.

Além de subir ao palco de diversos festivais – e vencer muitos deles –Borges também participou atuou como jurado, idealizador e organizador do Musicanto Sul-Americano de Nativismo de Santa Rosa.

Sua obra inclui 35 discos lançados, 269 composições e 720 gravações registradas. Com um estilo próprio de conduzir e compor com a gaita, tinha como características a improvisação e a intensidade ao tocar o instrumento, mesclando referências das músicas de baile e de festivais com ritmos como o jazz e o blues.