URUGUAIANA JN PREVISÃO

Rubens Montardo

Por onde anda Joaquim Barbosa?

Holofotes 

Após o rompimento Bolsonaro-Moro surgem várias especulações. Falta muito tempo para o pleito de outubro de 2022, exatos 30 meses para escolha do Chefe do Executivo. Bolsonaro continua Presidente da República. O ex-ministro Sergio Moro sai dos holofotes, deixa ser uma grande atração para mídia, e terá a árdua tarefa de continuar pautando algo na imprensa, se desejar algum voo solo na política. Lembro do ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, guindado ao estrelato, hoje renegado ao mais absoluto ostracismo político e social. O tempo é implacável!

Moderador

Pelas suas recentes declarações, não me causará surpresa o fato do atual presidente, Jair Bolsonaro, anunciar que pretende restaurar no Brasil, o Poder Moderador, que existiu entre os anos de 1824-1889 na Monarquia.

Poder

"No Brasil, em meu modesto entendimento, três coisas que não existem na política: o nunca; carta branca para subordinados e alianças impossíveis".

Democracia Sempre!

Nesta semana, lembrarei de alguns trechos do famoso discurso proferido pelo deputado federal Ulysses Guimarães, presidente da Constituinte, em Sessão Solene em Brasília, quando da Promulgação da nossa Carta Magna no dia 5 de outubro de 1988. Observem:

"Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Temos ódio e nojo à ditadura".

"Quando, após tantos anos de lutas e sacrifícios, promulgamos o estatuto do homem, da liberdade e da democracia, bradamos por imposição de sua honra: temos ódio à ditadura. Ódio e nojo. Amaldiçoamos a tirania onde quer que ela desgrace homens e nações, principalmente na América Latina".

"Declaro promulgada. O documento da liberdade, da dignidade, da democracia, da justiça social do Brasil. Que Deus nos ajude para que isso se cumpra!"

"A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa, ao admitir a reforma. Quanto a ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca. Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Conhecemos o caminho maldito: rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio, o cemitério".

"O Estado autoritário prendeu e exilou. A sociedade, com Teotônio Vilela, pela anistia, libertou e repatriou".

"A sociedade foi Rubens Paiva, não os facínoras que o mataram".

"Foi a sociedade, mobilizada nos colossais comícios das Diretas-já, que, pela transição e pela mudança, derrotou o Estado usurpador."

"Não é a Constituição perfeita, mas será útil, pioneira, desbravadora. Será luz, ainda que de lamparina, na noite dos desgraçados. É caminhando que se abrem os caminhos. Ela vai caminhar e abri-los. Será redentor o caminho que penetrar nos bolsões sujos, escuros e ignorados da miséria."

Dona Lígia

A vida é bela, infinitamente bela. Existe alegria, música, poesia, tristeza, água, dor, felicidade, amor, flores, pássaros, mar, afetos, borboletas, ternura e pessoas raras, encantadoras e encantadas. Hoje, dia 23/04, para minha tristeza, li que uma destas pessoas super especiais, nos deixou. A Dona Lígia Maria Tellechea Sigaran partiu aos 78 anos de idade. Professora dedicada e competente, Dona Lígia e o Tio Lula, o seu Osvaldo Guterres Sigaran, que faleceu em agosto de 2019, aos 90 anos, formaram um casal inesquecível e uma linda família. Na casa deles, na esquina das ruas Domingos de Almeida com General Hipólito, era nosso ponto de encontro preferido, na fase mais bonita de nossas vidas, entre os 15 e os 21 anos, onde só vislumbrávamos a estrada da esperança e acreditávamos que a humanidade é boa, tem jeito, pode melhorar. Ali na garagem ou no pátio, líamos poesia, declamávamos, trocávamos livros, discutíamos política, tocávamos violão, cantávamos na nossa juventude em inesquecíveis sábados à tarde. Apitar a campainha e ser recebido pelo Tio Lula, com um sorriso, um sinal de positivo e mandando entrar; a Dona Lígia com seu olhar carinhoso e sua maneira peculiar de receber e conviver com toda aquela turma barulhenta, falante e inquieta. A Dona Lígia é mãe do meu querido amigo Vifran e da Rachel, do Alberto e do Diogo. Convivi mais com o Vifran e a Rachel pelo fato de termos idades próximas. Deixo aqui meu abraço e meu afeto aos seus filhos e familiares e tenho certeza que um lugar muito especial está reservado para ela, junto com o Tio Lula, esta dupla querida e que marcou nossas vidas para sempre. Meu mundo ficou menor. Reitero meu abraço e meus sentimentos!

Abraço

O abraço da semana vai para todos que lutam para construção de um grande Brasil..

Saudade

A saudade da semana é da lucidez do escritor e filósofo italiano Umberto Eco (1932-2016).

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