URUGUAIANA JN PREVISÃO

Ricardo Peró Job

O anão moral

"Ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou este monstro chamado corona-vírus. Porque esse monstro está permitindo que os cegos enxerguem, que os cegos comessem a enxergar que apenas o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises. Essa crise do corona-vírus somente o Estado é que pode resolver isso" .  

A frase é do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o Lula. Não foi apenas uma frase infeliz, como as dezenas que proferiu durante sua longa permanência no poder, como a vomitada durante uma reunião com membros da APAE: "Eu sempre digo, de bobo e de louco, todo mundo tem um pouco". Tal frase, assim como algumas outras do ex-presidente, apesar de desagradáveis e infelizes, poderiam ser atribuídas a sua ignorância e a sua falta de educação. Assim como as explicações da "ex-presidenta" Dilma Rousseff sobre os mais diversos assuntos, a um provável e sutil retardo mental. Também o atual presidente, Jair Bolsonaro, por sua truculência pouco letrada, é dono de dezenas de frases infelizes e inapropriadas. Não há uma semana em que, para deleite da imprensa - que diga-se de passagem, promove o maior bulling com um presidente de que se tem notícia - Jair Bolsonaro não profira uma asneira. A mais grave foi a que proferiu antes de ser eleito presidente, em seus tempos de deputado federal, quando dedicou ao coronel Brilhante Ustra - apontado como torturador por diversos presos políticos - seu voto a favor do impeachment de Dilma Rousseff. Na ocasião Bolsonaro demonstrou que, ideologicamente, tem pouco apreço pelo Estado democrático e que continua atrelado, assim como a grande maioria da esquerda nacional, aos anos sessenta e setenta. Mas voltemos a "Lula".

A alegria demonstrada pelos estragos causados ao país pela eclosão da pandemia do corona-vírus, que ocasiona a perda de milhares de vidas humanas e na economia do país, mostrou que para nosso herói veio em boa hora. O pensamento foi simples: Com a ruína do país e o natural desgaste do governo diante dela, quem sabe, poderia ele e seu bando, voltar ao poder?

Não foi a primeira vez que Luiz Inácio da Silva se traiu por suas próprias palavras, mostrando seu verdadeiro interior. No final dos anos setenta, acho que em 1979, em uma entrevista concedida para a revista Playboy, "Lula", ainda um líder sindical elogiou a "disposição, força e dedicação" de Adolf Hitler : "O Hitler, mesmo errado, tinha aquilo que eu admiro num homem, o fogo de se propor a fazer alguma coisa e tentar fazer". Sobre o aiatolá Khomeini, responsável por milhares de mortes de adversários políticos, religiosos e homossexuais, disse: "Eu não conheço muita coisa sobre o Irã, mas a força que o Khomeini mostrou, a determinação de acabar com aquele regime do Xá foi um negócio sério".

Que Luiz Inácio da Silva, o "Lula" é um ladrão e chefe de quadrilha, todo o Brasil já sabe. Até mesmo aqueles seus partidários e admiradores que, nas mídias sociais e nas publicações "amigas", nacionais ou estrangeiras, insistem em apontá-lo como uma "vítima" do sistema. Mas, a sua ausência de caráter - pois como dizia meu saudoso amigo Miguel Ramos, "não pode ser um mau caráter quem não possui um" - é algo mais sutil, que vem à tona apenas de vez em quando, em um de seus raros fluxos de consciência. Mas, como demonstramos, ela - a ausência de caráter - é um fato.

É lamentável que o Brasil tenha, como líder das oposições, pessoa tão abjeta.

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