URUGUAIANA JN PREVISÃO

Ricardo Peró Job

Luzes & Sombras

E agora

Durante a campanha para a presidência da República, um dos maiores cavalos de batalha do candidato do PT, Luiz Inácio da Silva, foi o argumento de que o presidente Jair Bolsonaro atrasara a vacinação contra a covid-19 no país (que teve início trinta e cinco dias depois de Europa e EUA), ocasionando “milhares de mortes”, acusando-o inclusive de genocídio. Pois bem, passados mais de um mês da posse do novo governo, a vacinação contra a covid está enfrentando uma lentidão digna da Coréia do Norte. Além do Ministério da Saúde optar por não mais divulgar os números dos infectados e mortos pelo vírus, não lançar uma campanha para a conscientização daqueles que deixaram de se vacinar ou estão com a imunização incompleta, a única compra de vacinas realizada foi a de 750 mil doses de CoronaVac do Butantã no mês de janeiro. Já o ex-presidente Bolsonaro, pouco antes do fim de seu mandato comprou 50 milhões de doses da Pfizer, que começam a chegar a partir do mês de março. Mas, como de costume, o silêncio da grande mídia sobre o assunto é sepulcral.

ONGs

Urge a instalação de uma CPI para investigar as ONGs que atuam no território nacional. Segundo levantamento realizado pelo senador Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, o atualmente atuam no Brasil 236 mil ONGs, quase metade das quais atua na Amazônia e grande parte delas são estrangeiras. Tais organizações se transformaram em verdadeiros ralos de dinheiro público, além de várias defenderem interesses estrangeiros no país, algumas até mesmo a internacionalização da Amazônia. O senador Valério apresentou requerimento para a instalação de CPI em 2019, mas o presidente da casa legislativa, Rodrigo Pacheco, o engavetou.

Invasões

Aproveitando-se dos feriados de carnaval, o grupo liderado por José Rainha, Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), dissidente do MST, aproveitou para invadir fazendas no oeste de São Paulo.  Rainha, foi condenado a 31 anos e cinco meses de reclusão por extorsão, formação de quadrilha e estelionato, quando foi pego pela Operação Desfalque, da PF, envolvendo um esquema de extorsão de empresas e desvio de verbas destinadas a assentamentos agrários, onde ele e seus comparsas utilizavam trabalhadores rurais ligados ao MST como "massa de manobra" para invadir terras e exigir dos proprietários o pagamento de contribuições para o movimento social. Interceptações telefônicas comprovaram que, na verdade, o dinheiro era desviado para os próprios integrantes da quadrilha. As invasões de terra, que durante os governos petistas tiveram seu auge e que praticamente desapareceram durante o governo anterior, voltaram com força. Os municípios de Presidente Prudente, Marabá Paulista, Sandovalina, Presidente Venceslau e Rosana tiveram fazendas ocupadas pelo grupo. Pelo menos mil famílias participaram da ação. Em Rosana, os manifestantes tentaram invadir a Fazenda São Francisco, mas os proprietários e lindeiros conseguiram tirar o grupo do local antes da chegada da polícia. Incentivados pela volta de Luiz Inácio da Silva ao poder e pela decisão do ministro do STF, Luís Roberto Barroso, relativizando o direito constitucional à propriedade privada no país ao determinar que os tribunais responsáveis pelo julgamento de casos de reintegração de posse instalem comissões para mediar os despejos antes do cumprimento de decisão judicial que determinando a retirada de pessoas de áreas privadas, MST, FNL e assemelhados, agora se sentem à vontade para voltar a praticar as invasões. Cabe lembrar ao STF – como se adiantasse - que as fazendas invadidas, invariavelmente são saqueadas, vandalizadas e que muitas vezes os funcionários permanecem em cárcere privado ou são espancados, configurando claramente um ato de terrorismo.

 

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