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DPCA esclarece três homicídios e indicia quatro pessoas

O delegado Enio Tassi, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) indiciou quatro pessoas por três crimes de homicídio triplamente qualificado, tráfico de drogas majorado e associação para o tráfico.
Os três inquéritos policiais foram remetidos à Justiça, inclusive com pedido de prisão preventiva. Dos quatro acusados, dois estão presos, João Luiz Freitas da Silva e Marcelo da Fontoura Dias.
Os inquéritos investigaram o assassinato de Aires Lopes Júnior, conhecido como 'Ferrugem', morto no dia 27 de dezembro de 2016, com disparo de arma de fogo na cabeça, do adolescente Naubert Roberto Soares Teixeira e de Geraldo Majela de Oliveira Júnior. Os dois desapareceram no dia 30 de abril de 2017. O cadáver de Naubert foi encontrado no dia três de maio daquele ano, à beira do Rio Uruguai, na localidade conhecida como Salso de Baixo, com o rosto parcialmente desfigurado em vista da ação de peixes. Dezessete dias depois, o corpo de Geraldo, conhecido como 'Pastel', foi localizado, também no Salso de Baixo, próximo ao local onde havia sido localizado o cadáver de Naubert. Em ambos os casos, a necropsia apontou afogamento como causa da morte, mas não foi capaz descartar que as mortes foram provocadas.
A investigação apurou que os crimes estão vinculados ao tráfico de drogas na região do conjunto habitacional Salvador Faraco e ao empoderamento por parte dos traficantes ali atuando. João Luiz, conhecido como "Cocota" ou "Guaíba" e a quem cabia garantir a segurança das operações de traficâncias ligadas a Marcelo, é apontado como executor dos três jovens, enquanto seu chefe, conhecido como 'Perereca' é o mandante.
Naubert e Geraldo foram mortos porque possuíam dívida de droga com Marcelo. Além disso, as vítimas - usuários de droga que eventualmente cometiam delitos nas redondezas - criaram uma confusão na casa da uma traficante que trabalha para Marcelo e para a companheira dele. A confusão acabou chamando a atenção da polícia para o local, prejudicando os negócios do tráfico. A dona da casa e a mulher de Perereca são as outras duas indiciadas pelos crimes. Elas estão respondendo em liberdade.
No caso de Ferrugem, a polícia descobriu que três dias antes de sua morte ele se envolveu em briga vindo a esfaquear um adolescente diretamente ligado a João Luiz. O fato foi registrado como lesão corporal. Outro indício ligando 'Cocota' ao crime é que, depois da morte de Ferrugem, ele foi vítima de uma tentativa de homicídio cometida por indivíduos ligados à Aires Júnior, com intuito de vingar sua morte.
Ao longo da investigação, a DPCA cumpriu mandado de busca na casa de Marcelo, onde a companheira dele ainda vive, e em sua cena na Penitenciária Modulada. A apesar de não haver localizado droga na residência, na cela e com ele, foram encontradas uma quantidade significativa de drogas, motivo pelo qual ele f oi indiciado pelo crime de tráfico de drogas em outro Inquérito Policial. Também ficou comprovado que, mesmo de dentro da cadeia, Marcelo continuava comandando o tráfico na região do conjunto habitacional Salvador Faraco, por meio da companheira.
Já João Luiz, que chegou na cidade à época dos homicídios, foi preso posteriormente. Ele possui vários antecedentes policiais, dentre eles, de roubo majorado, associação criminosa, receptação, corrupção de menores e tráfico de drogas. Ele também é investigado em quatro homicídios, três deles ocorridos na cidade de Guaíba Maria e um em Barão do Triunfo.
Os quatro, João Luiz, Marcelo, a companheira deste e a traficante que trabalha para o casal, foram indiciados por homicídio cometido por motivo torpe, praticado por meio cruel e com uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas, de acordo com o art. 121, parágrafo 2º, incisos I. III e V, do Código Penal; e por tráfico de drogas qualificado por ser cometido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva e ainda, no caso de Marcelo, por ter sido cometido nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais
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