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Comissão de Educação da AL visitará todas as regiões do Estado

Divulgação - A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do RS lançou nesta sexta (8/8) o ciclo “Educação Agora”, com audiências públicas para debater desafios da educação no estado. O primeiro encontro, em Porto Alegre, focou no enfrentamento à violência e valorização da escola como espaço seguro e acolhedor.
A Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul deu início, nesta sexta-feira, 8/8, a uma série de audiências públicas voltadas à discussão dos desafios e caminhos para o futuro da educação no estado.
O evento inaugural, realizado em Porto Alegre, teve como tema “Enfrentamento às violência e valorização da escola” e marcou o lançamento do Ciclo de Debates Educação Agora, iniciativa que busca colaborar com a revisão dos Planos Nacional e Estadual de Educação para os próximos dez anos.
Presidida pela deputada Patrícia Alba (MDB), a audiência reuniu especialistas da área educacional como a professora Luciene Tognetta (Unesp), o professor Fernando Seffner (UFRGS) e a diretora Alessandra Lemes, do Instituto de Educação General Flores da Cunha. O encontro destacou a necessidade de respostas concretas frente aos crescentes casos de violência no ambiente escolar e propôs medidas para promover um espaço mais seguro, inclusivo e participativo.
“A escola deve ser um território de proteção, aprendizado e acolhimento, não um lugar onde ensinar e aprender sejam atos de coragem”, defendeu Patrícia Alba. A parlamentar ainda enfatizou a urgência em reforçar políticas públicas, como a ampliação das Comissões Internas de Prevenção a Acidentes e Violência nas Escolas (Cipaves), além da presença de mediadores de conflitos e apoio psicológico contínuo nas instituições de ensino.
Violências visíveis e invisíveis
Durante os debates, a professora Luciene Tognetta alertou sobre os diferentes tipos de violência presentes nas escolas, muitas vezes invisíveis aos olhos dos educadores. Entre elas, citou o aumento de casos de ansiedade, automutilação, abuso de substâncias e isolamento social, especialmente após a pandemia. “A violência explícita nas escolas é reflexo de dores silenciosas não reconhecidas”, afirmou.
Já o professor Fernando Seffner destacou a importância de um acompanhamento mais próximo da realidade dos alunos. Para ele, é fundamental que as escolas contem com equipes multiprofissionais, incluindo psicólogos e assistentes sociais, capazes de atuar tanto na mediação de conflitos internos quanto na interface com as famílias.
A diretora Alessandra Lemes reforçou que o ambiente escolar precisa ser mais acolhedor. “Em algumas regiões, a escola se assemelha mais a um presídio do que a um espaço de convivência e aprendizado. É urgente investir em infraestrutura e criar ambientes que promovam o bem-estar”, pontuou.
Etapa em Uruguaiana
Ao longo dos próximos meses, o ciclo passará por diversas cidades do estado, abordando diferentes temáticas da educação pública. Em Uruguaiana, a audiência está marcada para o dia 6 de novembro, com o tema “Participação e Gestão Democrática na Educação”.
A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa percorrerá o Estado com uma série de audiências públicas temáticas. Confira o cronograma:
- 14/08 – Gravataí: Ensino Médio e Educação Profissional e Tecnológica;
- 22/08 – Imbé: Acesso e Qualidade na Educação Infantil;
- 28/08 – Parobé: Alfabetização;
- 04/09 – Novo Hamburgo: Diversidades e Direito à Educação;
- 11/09 – Passo Fundo: Educação Integral em Tempo Integral;
- 18/09 – Santa Rosa: Educação Especial e Inclusão;
- 25/09 – Lajeado: Educação e Emergência Climática;
- 02/10 – Panambi: Educação de Jovens e Adultos (EJA);
- 09/10 – Montenegro: Tecnologias e Educação Digital;
- 16/10 – Pelotas: Formação e Valorização dos Profissionais da Educação;
- 23/10 – Santa Maria: Financiamento e Infraestrutura da Educação Básica;
- 30/10 – Caxias do Sul: Acesso e Qualidade na Educação Superior;
- 28/11 – Porto Alegre: Encerramento com o Seminário Estadual de Educação.
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