Um homem foi assassinado na tarde desta sexta-feira, 16/02, por volta das 15h30, na rua Felix Grivot, próximo ao Sindimercosul, por dois homens que trafegavam em uma motocicleta de cor preta. A vítima, Airton Felipe Rodrigues Martins, de 57 anos, estava numa caminhoneta de frete, de cor vermelha, quando foi abordado. A dupla efetuou pelo menos dez disparou e fugiu do local. O Serviço de Atendimento Médico de Urgência foi acionado, mas o homem já estava sem vida.  

A Polícia isolou o local e trabalha na identificação e captura dos acusados. As imagens das câmeras de vigilâncias das imediações serão solicitadas e moradores do bairro ouvidos. 

A vítima era casada, natural de São Borja, residia em Uruguaiana, na Proficar. Ele era conhecido como “Perigoso”. O caso será apurado pela 2ª Delegacia de Polícia de Uruguaiana que não descarta a possibilidade do crime ter ligação com o tráfico de drogas.  

Aumento de homicídios no RS 

Na contramão do que foi visto nos últimos meses, o número de homicídios aumentou no início deste ano no RS. Os casos passaram de 163, no período em 2023, para 187 no primeiro mês de 2024, um avanço de 15%. Outros crimes violentos, como latrocínio (roubo com morte) e feminicídio, também cresceram. Os números foram divulgados pela Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-RS) na manhã de quinta-feira, 15/2. Em relação aos homicídios, o aumento foi significativo: foram 24 casos a mais em janeiro. Um dos municípios com aumento de casos é Caxias do Sul, na Serra. A localidade chegou a receber reforço de um delegado e cinco agentes, na tentativa de conter a onda de assassinatos. A medida foi anunciada pela Polícia Civil do local nesta quinta-feira (15). 

O mês passado também registrou ligeiro crescimento de casos de latrocínio no RS. Foram quatro episódios, contra três contabilizados em janeiro de 2023, uma elevação de 33%. 

Os casos de feminicídio também aumentaram. No RS, o crime registrou 11 casos em janeiro deste ano, contra 10 no período de 2023, um avanço de 10%. Considerado um desafio por forças de segurança do Estado, o assassinato de mulheres em razão do gênero — comumente praticado por atuais ou ex-companheiros das vítimas — representa o último ato da violência contra a mulher. 

Por meio de nota, o governo do Estado declarou que "reforçou reuniões, ações e operações para coibir as atividades do crime organizado". A SSP afirma que busca, com isso, o "alinhamento de medidas necessárias para a retomada da redução" dos chamados Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI).