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Ilegal

Cigarros contrabandeados são vendidos em bairros afastados

Draco – Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - A apreensão realizada em março contabilizou 6.096 maços de cigarros de fabricação paraguaia

Num breve passeio por Uruguaiana, principalmente nos bairros mais afastados, você encontra armazéns que comercializam cigarros sem procedência legal. Os famosos “cigarros paraguaios” são vendidos a preços mais baixos que os nacionais, que possuem origem reconhecida, e movimentam o mercado criminoso de produtos. A venda é tão comum que, em alguns lugares, os pacotes estão expostos sem nenhum tipo preocupação e a compra pode ser feita por carteira (maço) ou fracionada.  

A cada cem cigarros comercializados no Rio Grande do Sul, 20 deles são do mercado ilegal. Além disso, o setor criminoso movimentou R$ 721 milhões no Estado no último ano. O levantamento é do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP), que também aponta que somente no primeiro trimestre deste ano duas fábricas ilegais foram fechadas no Brasil, sendo uma delas em Cristal, no sul do RS. 

Conforme o presidente do FNCP, Edson Vismona, o mercado ilegal de cigarros se tornou de alto lucro e de baixo risco, com fenômenos econômicos e criminosos com impactos na segurança da sociedade. O grande atrativo é não pagar imposto. Os produtos brasileiros legais pagam impostos, no caso do cigarro, de 70%, e o contrabandeado não paga nada.  A média do maço comercializado no Brasil é de R$ 7 e o contrabandeado fica na faixa de R$ 4.  

Diante disto, o FNCP estimativa perdas de R$ 198 milhões de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), além de que R$ 3,2 bilhões deixaram de ser arrecadados no Estado com o mercado ilegal de cigarros nos últimos cinco anos. 

A maioria do cigarro ilegal que circula no Rio Grande do Sul vem do Paraguai. Nacionalmente, o mercado ilegal de cigarros movimenta o equivalente a R$ 10 bilhões em 2023. Ao todo, foram quase 39 bilhões de unidades de cigarros contrabandeados comercializados. 

Apreensões  

A maior apreensão de cigarros realizada no ano de 2024 ocorreu em março, durante ação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Na oportunidade um homem foi preso em flagrante por receptação de cigarros contrabandeados e desodorantes importados ilegalmente. 

Após receber informação de que um estabelecimento comercial situado no centro de Uruguaiana estava armazenando cigarros do Paraguai, os policiais foram até o local, onde confirmaram a denúncia. Em uma peça do estabelecimento foram encontrados 6.096 maços de cigarros de fabricação paraguaia, cuja venda é proibida no Brasil. Além disso, havia 792 unidades de desodorantes de fabricação argentina, que ingressaram ilegalmente no país. O valor dos produtos é estimado em R$ 32 mil. 

O responsável pelo armazenamento, homem de 68 anos, foi preso em flagrante por receptação de produtos oriundos dos crimes de contrabando e descaminho. Ele possui antecedentes por ingressar com telefone celular em estabelecimento prisional. O homem pagou fiança e foi liberado.  


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