O Julho Amarelo é uma campanha de conscientização e prevenção das hepatites virais, promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que acontece durante todo o mês. O objetivo principal da iniciativa é alertar a população sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado das hepatites virais, que são inflamações do fígado causadas por diferentes vírus como os tipos A, B, C, D e E. 

Durante o Julho Amarelo são promovidas diversas ações educativas, como palestras, distribuição de materiais informativos, campanhas de vacinação (no caso da hepatite B, por exemplo), testagem rápida para hepatite C, entre outras atividades. A cor amarela é escolhida por representar a saúde do fígado. 

Em Uruguaiana, ocorrerão atividades voltadas para o Julho Amarelo, programadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), como uma capacitação para profissionais de saúde e acadêmicos sobre testes rápidos, atividades pontuais nas Estratégias de Saúde da Família (ESFs) e ações na Penitenciária Modulada e Centro de Atendimento a Semiliberdade (Case). De acordo com a coordenadora da assistência farmacêutica do município, Raqueli Bittencourt, o Ambulatório de Hepatites virais funciona na SMS junto ao Serviço de Atendimento Especializado (SAE), que atende pessoas com HIV, Aids, Hepatites Virais e Tuberculoses.  

O município de Uruguaiana oferece uma equipe completa para o tratamento das hepatites, com dois médicos gastroenterologistas e duas farmacêuticas. Para quem deseja ter acesso aos exames e tratamento, basta procurar a ESF do seu bairro e solicitar os testes rápidos, com o resultado positivo, o paciente será encaminhado para o Ambulatório de Hepatites e para o médico especialista. 

Atualmente, cerca de 10 pessoas estão em tratamento contra a hepatite no município. Em 2023, foram cerca de 39 notificações do tipo C da doença. “Infelizmente não existe vacina para a hepatite C, mas para o tipo B existe, então sempre que temos um caso, é algo que nos entristece porque temos a vacina disponível. Fica um alerta para a comunidade, procurem o posto mais próximo e atualizem suas vacinas” afirmou Raqueli Bittencourt. 

De acordo com Raqueli Bittencourt, a hepatite B não tem cura e é uma doença crônica. “Durante muito tempo da vida a pessoa terá que usar medicamentos. Já para o tipo C, a taxa de cura com essa nova tecnologia é de cerca de 95%, então os nossos pacientes, tem um resultado muito positivo no tratamento” finalizou. 

A farmacêutica ainda faz um alerta sobre a transmissão das hepatites. “Recomendamos que as pessoas tenham cuidado, como com instrumentos de manicure pois o vírus é muito resistente, então infelizmente o risco de contaminação é muito grande” explicou Raqueli Bittencourt.