O aparecimento, nos últimos dias, de grande quantidade de mosquitos tem incomodado moradores de todos os bairros. Eles estão em todos os lugares e atacam em qualquer horário do dia. O motivo da invasão pode estar associado às chuvas constatadas na região e a enchente que atinge a cidade.

O Jornal CIDADE conversou com o veterinário Ricardo Wellicks, do Setor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do Município. Ele destacou que o mosquito mais comum neste período é da família Culex. “Ele procura regiões que tenham grande quantidade de chuva e enchentes. O seu tamanho é de até um centímetro e a picada é muito dolorida. Eles não transmitem doenças. É muito importante o uso de repelente neste período do ano, além de evitar lugares úmidos e escuros”, disse ele.

Ricardo destaca que mesmo que o mosquito mais com neste período seja o Culex, é importante que a população esteja alerta ao Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika e chikungunya, está ainda maior. “É importante assegurar que objetos como pneus velhos, garrafas vazias, tampinhas, calhas, pratinhos de plantas, entre outros, não estão acumulando água. Vale ressaltar que aproximadamente 80% dos criadouros estão dentro das casas”, disse.

Leptospirose

As chuvas e, principalmente, as enchentes não trazem apenas preocupação com os mosquitos, mas outras doenças como a leptospirose, infecção bacteriana transmitida pela urina de animais. Os sintomas são febre alta, sangramento e dor muscular. Como a bactéria acaba penetrando por feridas pequenas na pele, a orientação é que as pessoas evitem entrar nas enchentes. Se for preciso, que se proteja com botas. É importante que a casa, depois de atingida por uma enchente, seja limpa com hipoclorito de sódio e água sanitária.