Vacina da Poliomielite está disponível e precisa ser aplicada

Devido a situação de emergência que o estado do Rio Grande do Sul enfrentou no mês de maio, a campanha nacional contra a Poliomielite que deveria ocorrer de 27 de maio a 14 de junho foi adiada e ainda segue sem data. 

Apesar de não ocorrer a campanha, ou o Dia D no estado, a vacina faz parte do calendário básico de vacinação, o que vem gerando confusão entre a população. De acordo com a secretária de Saúde, Suziele Pivetta, em Uruguaiana toda a comunidade pode encontrar a vacina na Estratégia de Saúde da Família (ESF) do seu bairro. “O imunizante está disponível em todos os postos do município, mas é importante reforçarmos que as três doses podem ser encontradas. É fundamental manter a carteira de vacinação das crianças atualizada” explicou Suziele Pivetta. 

A imunização contra a pólio ocorre aos 2, 4, 6 meses de vida, com vacina injetável (VIP) e um reforço aos 15 meses e quatro anos com a dose oral (“gotinha” – ou VOP). É a única forma de prevenção contra a doença atualmente. 

Com base nos dados fornecidos através do painel de acompanhamento das imunizações do Ministério da Saúde, podemos observar que o Rio Grande do Sul está com uma cobertura vacinal de 92,98% para a poliomielite injetável (VIP) e 82,02% para a poliomielite oral (VOP), indicando um bom nível de proteção, mas a meta esperada é de 95%. Apesar da doença estar erradicada no Brasil desde 1990, o país não consegue atingir a meta de imunização desde 2016. 

A poliomielite afeta principalmente crianças com menos de cinco anos de idade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 200 infecções leva à paralisia irreversível, geralmente das pernas. Entre os acometidos, 5% a 10% morrem por paralisia dos músculos respiratórios. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o risco da volta da paralisia infantil no Brasil como “altíssimo”, colocando o país em alerta máximo. No mesmo ano, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou sobre o risco da volta da pólio no Brasil. “Estamos correndo risco de que essas doenças voltem, elas têm gravidade e podem levar à mortalidade, a pólio traz a paralisia infantil e a morte. É uma situação agravada que a gente precisa reverter, não podemos aceitar que crianças morram e sofram por doenças facilmente preveníveis por vacinas”, afirmou Stéphanie Amaral, oficial de saúde da Unicef.