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Decisão
Colégio União já tem novo dono
Camila Dalla Vecchia/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - O Colégio União deve funcionar por, no mínimo, dez anos
A empresa ECB Group comunicou, na tarde de ontem, 5/11, sua desistência no leilão judicial dos ativos da Rede Metodista, que ocorreu na manhã de segunda-feira, 4/11. A Rede Metodista, entrou em recuperação judicial em 2021, acumulando dívidas de R$ 576 milhões com mais de 11 mil credores.
O leilão estava ocorrendo no modelo "stalking horse", bastante comum em casos de leilões de ativos de empresas em recuperação judicial, e que envolve a presença de um comprador de referência, que estabelece um preço inicial. O ECB Group era o comprador de referência e tinha prioridade na compra. O lance inicial e fixador do preço mínimo foi de R$ 30 milhões. No entanto, a empresa DLS, pertencente ao grupo Dallasanta, que possui vários imóveis espalhados no Rio Grande do Sul, apresentou uma proposta de R$ 33 milhões. Após isso, a ECB Group recebeu o prazo de três dias para apresentar uma oferta superior, mas se manifestou já nesta terça-feira, através de comunicado oficial, desistindo da compra. "O ECB Group informa que, após análise detalhada, optou por não avançar com uma nova oferta no leilão Stalking Horse pelos ativos da Rede Metodista. Agradecemos pela oportunidade de participar desse processo e desejamos sucesso ao grupo adquirente e às instituições envolvida", afirmou a nota assinada pelo CEO da empresa, Erasmo Carlos Battistella.
De acordo com Norton Fernandes, leiloeiro responsável pela venda dos imóveis, após o comunicado da presença, a venda está definida. "Leilão encerrado, resta homologação do juiz ainda", afirmou o leiloeiro ao CIDADE.
O que foi leiloado
Compõem o lote leiloado o Colégio Metodista União (incluindo o terreno), em Uruguaiana; o Colégio Metodista Americano, em Porto Alegre; e o Centro Universitário Metodista (IPA), também na capital.
O Centro Universitário Metodista (IPA), fundado em 1923, encerrou suas atividades de Ensino Superior em 2024. No ano anterior, parte de sua infraestrutura, localizada no bairro Rio Branco, foi vendida para a Cyrela em um leilão. Restam agora três edificações que continuam ocupadas pela igreja e pela rede de ensino. Os colégios Americano e União ainda estão operando, com matrículas abertas para 2025. Esta é, aliás, uma das exigências do edital do leilão. A empresa que fizer a compra deverá manter as instituições de ensino abertas por, no mínimo, dez anos.
De acordo com o Fernandes, os postos de trabalho estão mantidos. "Estão garantidos os postos de trabalho conforme o edital do leilão, bem como o ensino nas duas unidades. Estamos aguardando a comunicação do grupo Raiz Educação, mas me afirmaram que já estão em contato com os pais ", afirmou Norton Fernandes ao CIDADE.
Quem comprou
A empresa DLS, firmou uma parceria com o Colégio Leonardo da Vinci e o grupo Raiz Educação, uma rede educacional que já conta com mais de 20 mil alunos em todo o Brasil. A partir de agora, o Colégio Americano e o Colégio União integram o grupo Raiz Educação. Em nota, as empresas se comprometeram a 'expandir o trabalho dessas instituições, que formaram milhares de gaúchos, com excelência no ensino, propósito e mais de um século de dedicação à educação no Rio Grande do Sul’.
O Colégio Leonardo da Vinci, referência em ensino de excelência, terá sua unidade Alfa transferida para as dependências do IPA. Com mais de 15 mil m² de área, laboratórios, auditório de 400 lugares e biblioteca com mais de 500 m², a mudança proporciona uma ampliação e um salto de qualidade na estrutura para os estudantes e suas famílias, mantendo o padrão de ensino pelo qual o colégio é conhecido.
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