Artistas de diferentes regiões do estado podem se candidatar para participar de uma residência artística que será realizada em Porto Alegre. Organizado pela Feira Garganta em parceria com o OCorre Lab, o projeto propõe uma vivência intensiva que integra música e artes visuais, por meio de mentorias, oficinas práticas e apresentações abertas ao público.
A Residência Garganta é voltada especialmente a pessoas LGBTQIAP+, negras, indígenas, pessoas com deficiência ou de outras identidades historicamente sub-representadas. Ao todo, serão escolhidos 10 participantes, sendo metade do campo musical e metade das artes visuais, com duas vagas reservadas para cada uma das regiões funcionais do estado.
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até o dia 20 de junho, às 23h59, através de formulário online. As atividades da residência ocorrerão no final de julho, em espaços culturais como a Casa de Cultura Mario Quintana e a Casa Baka, ambos localizados na Capital.
Cada artista ou coletivo selecionado receberá uma bolsa de R$1.000, além de auxílio para deslocamento e produção artística. A proposta do programa é promover um ambiente colaborativo, com acompanhamento de profissionais experientes em áreas como cenografia, iluminação, figurino, materiais e recursos audiovisuais.
Segundo o artista Wagner Mello, que também atua como coordenador da iniciativa, o diferencial do projeto está no encontro de trajetórias diversas: “É um espaço para troca de experiências e saberes. O fato de reunirmos criadores de diferentes cantos do estado enriquece ainda mais o processo criativo.”
A programação da residência prevê nove encontros presenciais, durante os quais os participantes poderão desenvolver seus trabalhos individuais e, ao final, criar uma performance coletiva que será aberta ao público. A curadoria e produção do projeto estão a cargo de Bruno dos Anjos, Mitti Mendonça e Wagner Mello.
Essa é a segunda edição da Residência Garganta. A estreia ocorreu em 2024, com apoio do edital Kultur 23, sendo o projeto mais bem avaliado entre os inscritos. O financiamento é do Instituto Cultural Brasileiro-Alemão (ICBA) e do Goethe-Institut Porto Alegre. A proposta segue com o mesmo espírito: estimular encontros artísticos transformadores entre criadores emergentes.
