O Governo do Estado lançou na quarta-feira, 12/3, a análise sobre as diferenças culturais entre alunos do RS a partir de dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2021, pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG). 

Os dados mostram que os alunos de escolas privadas iniciam a vida escolar mais cedo do que estudantes da rede pública de educação. Além disso, a taxa de reprovação é menor entre os estudantes do primeiro grupo. Já quando é considerado o recorte de cor, alunos negros, ingressam mais tarde na escola e apresentam mais reprovações que alunos brancos. 

Junto a isso, o estudo do DEE, de autoria do pesquisador Ricardo César Gadelha de Oliveira Júnior, estudou a importância do núcleo familiar no desempenho dos estudantes, principalmente do ensino médio, no Estado, levando em consideração, a análise do questionário socioeconômico Saeb 2021. 

Atributos analisados 

A presença de livros e incentivo à leitura por parte dos pais, dentre os grupos analisados, 23% dos estudantes são de escolas privadas e 14% são de escolas públicas. Em relação ao tempo destinado às tarefas domésticas, 17% dos alunos de redes privadas dedicam duas horas para a execução, enquanto o percentual para estudantes de rede pública chega a 36%. 

Acerca do trabalho remunerado, fora do ambiente escolar, 55% dos alunos de redes públicas dedicam duas horas ou mais do seu tempo, diferente de particulares, que somam 22% dos alunos. No quesito de disponibilidade de aparelhos eletrônicos nas residências, os discentes de escolas públicas apresentam uma taxa menor de computadores, tablets, TV ou sequer acesso a rede de internet. 

Quanto à escolaridade dos pais ou responsáveis, a análise mostrou que o maior percentual dos genitores com ensino superior é maior em alunos de redes privadas, enquanto, nas redes públicas, os pais possuem maior escolaridade no ensino médio. 

Totalizando, de forma geral, a disparidade entre os estudantes de escolas particulares em relação aos alunos de escolas públicas. Os outros dois grupos analisados, formados por estudantes das áreas urbanas e rurais, e brancos e negros, mostraram diferenças menos acentuadas entre si.